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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

ADRENALINE - Capítulo 3



Termino o banho e vou para o closet, eis o problema. Stephani só tem roupa justa e que na maioria das vezes chama muita atenção.. Que saco, tudo o que eu não queria. Vamos lá, vai que eu acho algo descente. Procuro pelos cabides um vestido menos chamativo, o que é quase uma missão impossível. Acho um preto bonito com mangas longas e um decote nas costas, visto-o e ele fica muito colado e curto, mas em comparação aos outros, não está tão escandaloso. Coloco um sapato meia-pata preto de salto alto e pego uma bolsa de mão também preta, nossa, parece que eu estou de luto, mas okay. Faço uns cachos em meu cabelo pra dar um volume legal, e passo uma maquiagem pra balada, não muito forte e nem muito calma, marcando principalmente os olhos e destacando a cor azul deles. Por último, passo um perfume da Chanel, que é meu e eu esqueci na casa dessa praga vulgo Ste. Estou pronta, dou uma conferida no espelho e me surpreendo com o que vejo. Stephani entra no quarto cantando uma música que tocava em seu rádio, provavelmente do Justin, ela vestia um short de cintura alta preto de couro e um top cropped de mangas longas azul marinho, combinando com o sapato também azul marinho.
-UAL, quem é você e o que fez com a minha amiga recatada e sem sal e sem açúcar? –ela diz rindo.
-Olha, eu vou desconsiderar o recatada e o sem sal e sem açúcar. Muito obrigada pelo seu ‘’elogio’’ –fiz aspas com as mãos e dou risada junto com ela.
-Besta. Nossa, essa noite promete, e como estamos lindas e gostosas, tenho que tirar um selfie. –ela diz e eu dou risada. Fazemos uma pose diante do espelho enorme de seu closet e tiramos uma foto que até eu gostei, ela posta no instagram e twitter e me marca, com a seguinte legenda ‘’Essa noite promete’’.
-E a Isa, tu já ligaste pra ela? –pergunto eu entrando no meu carro.
-Já, nós vamos se encontrar na porta da boate. –eu assinto com a cabeça e vamos em direção ao centro de San Francisco. Ela liga o rádio e está tocando uma música brasileira, exatamente dizendo, funk. Eu odeio esse gênero, mas a minha amiga gringa aqui, ama. Meu pai amado.
-Stephani para de cantar, você ta cantando tudo enrolado. –eu digo rindo da cara dela.
-Ai menina me deixa ser feliz, se você não tem brilho, não queira apagar o meu, ok? –ela diz eu dou risada e continuo.
-Você nem bebeu nada ainda e já está assim.. –ela finge não escutar e continua cantando, ou melhor, tentando cantar.
Estaciono na porta de um bar, ao lado da boate, e já posso ver uma loira com um copo na mão e um celular em outra. Isabelle.
-Nossa, vocês demoraram, eu estava quase abrindo um buraco no chão, eu já bebi três drinks esperando vocês. –ela diz, ou melhor grita, quando a cumprimentamos. Ela vestia um vestido curto, soltinho de alça larga e busto apertado branco com detalhes em lilás, e uma sandália alta roxa, carregava uma bolsinha de lado prata. Estava linda e nem parecia piriguete. –penso e dou risada alta.
-Que foi o cu? –Ste me pergunta.
-Nada não, eu só tive um pensamento engraçado aqui. Vamos entrar? Hoje eu quero esquecer o susto e me divertir. –digo e vou em direção à entrada da boate, era uma fachada toda preta e com as letras do nome em neon verde e roxo. A porta principal estava com dois seguranças, um de cada lado conferindo documentos das pessoas que entravam ali. Após 10 minutos esperando, conseguimos entrar na boate. É um lugar muito extravagante, cada milímetro deste local exala luxúria. Não é a toa que é uma das melhores da cidade e uma das mais caras também. Vamos para o bar e eu peço pro barman uma dose de tequila. Jogo tudo de uma vez e aquele líquido desce rasgando na minha garganta. Começa à tocar Hey Brother e as meninas me puxam pra pista de dança, estou no meu terceiro copo de vodca e me sinto leve, começo a cantar e dançar quando sinto uma mão na minha cintura. Quando olho para trás, quase desmaio, será que eu estou tendo uma alucinação?

domingo, 24 de agosto de 2014

Capítulo 2 - ADRENALINE


-Você não é o único Cameron no mundo, seja mais específico. –falo receosa ainda com o celular na mão-
-Cameron, Cameron Dallas, filho do Christopher. –ele diz rindo da minha cara de medo e susto.
Sinto meus músculos relaxarem. -Ah meu Deus, por que você não disse antes?- disse com a mão no coração tentando acalmar meus batimentos-
-Tecnicamente eu disse. –ele disse debochado, descendo da bancada, me fazendo ver ele de corpo inteiro, não pude deixar de reparar, que corpo hein. –Gosta do que vê? –ele aponta pro próprio tórax e diz com uma cara maliciosa.
-Pra falar a verdade sim.. –dou uma pausa e ele ri-Ótima combinação de jaqueta mais camisa! –digo irônica e ele revira os olhos, já vi que por mais curta que seja a permanência desse guri aqui, nós não vamos dar certo. –Vem, me ajuda aqui, tem um monte de sacolas no carro, pega essas aqui que você fez eu deixar cair, por favor.
-Tudo bem, dona estressadinha! –ele diz zombando de mim e levando as sacolas pra cima da bancada-
-Olha a intimidade hein –digo indo pra garagem e escuto ele dar risada- Pego as últimas sacolas e travo o alarme do carro.
-Mas afinal, o que você está fazendo aqui? –pergunto a ele- Eu nem me lembrava de você, quando foi a última vez que você esteve aqui mesmo?
-Pois eu me lembro de você, eu te joguei na piscina no dia do teu aniversário de 12 anos. –ele da uma risada nasalada e eu franzo a testa, logo me lembro e dou risada também- A última vez que eu vim pra cá, você estava em Londres, nós nos desencontramos!!
-Ah é verdade, eu lembro que eu cheguei e meu quarto estava totalmente desorganizado... –disse fazendo careta-
-Ei, não tava tão bagunçado assim, você esta me ofendendo! –ele disse fazendo careta e revirando os olhos-
-É tava tão arrumadinho, que eu encontrei chiclete grudado na minha banheira. –disse e dei uma olhada com o tédio estampado na minha cara-
-Mas e aí, como vai a vida? –diz ele mudando de assunto-
-Muito bem até agora, só trabalho e faculdade! –respondo pegando um pacotinho de biscoito da sacola, desço do banco, indo em direção à geladeira- E você? Como estão as coisas em Atlanta? –abro a geladeira e me abaixo, ficando de costas para ele.
-Ah, tudo numa boa, estou a trabalho aqui –ele diz e logo após da uma pausa ele prossegue- e você hein, continua uma gata! –ele diz entortando a cabeça pra me observar melhor-
-E você o mesmo cara-de-pau! –digo pegando o leite e indo em direção a mesa da copa, ele ri e eu reviro os olhos- Quanto tempo você vai ficar? –coloco o leite no copo e adiciono achocolatado-
-O tempo que for preciso, tenho algumas coisas pra resolver por aqui –diz ele, todo misterioso- nesses últimos meses eu vim aqui umas duas vezes, porém nunca tive a oportunidade de vir visitar meu pai e a tia Eliza.. –ele diz bebericando a cerveja- Ei, não exagera nos biscoitos, se não vai engordar e perder esse corpinho maravilhoso –ele diz me olhando comer e com uma expressão maliciosa no rosto.
-Vai se ferrar Dallas. -digo e desço do banco e vou pra sala, sento no sofá e ele logo senta ao meu lado.
-Minha mãe mandou lembranças...-ele diz.
-Mande à ela também. Agora se você não se importa eu vou subir, imprimir meu trabalho e descansar um pouquinho -digo.
-Tudo bem! Eu vou ficar por aqui mesmo, assistindo televisão. -ele diz e pega o controle.
-Ok. -disse e fui pra cozinha, coloco o copo na pia e subo pro meu quarto. Tiro meu blaizer e jogo meu sapato no primeiro lugar que eu vejo, vou em direção ao meu notebook. Reviso meu trabalho e passo-o para um pendrive. Saio do meu quarto e vou pro escritório da minha mãe. Ligo o computador e conecto meu pendrive, mando o trabalho pra impressora e a mesma imprime as 15 páginas rapidamente. Quando vou pra desligar o computador, uma janela se abre automaticamente, eu não resisto e acabo lendo:
''Cuidado, seus dias estão contados. Aqui se faz aqui se paga!'' R.M
Quem será RM? Será que é quem eu estou pensando? Não. Não pode ser. E se for? O que ele quer com a minha mãe? Já que o anexo está no e-mail da minha mãe... O que será que ela esconde? Tenho muitas perguntas pra fazer pra ela.. Essas perguntas tem que ter respostas, e eu acho que mereço saber, afinal já se passou 10 anos. Amanhã eu vou ter uma conversa muito séria com minha mãe, e nela vou tocar no assunto sobre o meu pai, doa o que doer. E se ela tentar fugir do assunto eu não vou deixar. É como uma ferida não cicatrizada, se cutucar, dói. Eu não culpo minha mãe por tentar esconder o passado, mas eu não entendo..
-No que tanto pensa? -me assusto com a voz e desligo o computador com o pé, logo escurecendo a tela. Olho para a porta e vejo Cameron encostado no batente da mesma com a mão no bolso- Desculpa se eu te assustei princesa, não foi minha intenção!
-Na vida e como tudo é confuso -ignoro o princesa- Entra aí!
-Pois é, tudo muda rapidamente -ele se senta no sofá que havia ali e continua- não da tempo de nada, a gente se surpreende muito. -ele diz com um ar de mistério. Ta isso estava realmente ficando estranho. Parece que ele queria me dizer alguma coisa, eu sei lá o que. Eu fico em silêncio por um breve momento, quando começa à tocar She Look So Perfect, no último volume, dou graças à Deus por ter uma desculpa pra poder abrir a boca.
-Oh sua cuzenta, vamos sair hoje de noite? -Stephani diz toda animada. Ou melhor grita, pra eu poder escuta-la, no fundo estava tocando uma música. Justin Bieber, só podia. Essa menina e a Isabelle, nunca vi igual. Duas fãs malucas.
-Ta bom, mas só depois das 8, tenho que ir na universidade entregar um trabalho, e fazer uma prova. Provavelmente saio depois das nove, ai eu passo na tua casa.-praticamente grito pra ela poder escutar- Abaixa esse som Stephani!
Ouço ela bufar. -Pronto ''mamãe'', ta ok, tchau! Boa prova, cuzenta.
-Beijos.
Olho para o sofá e Cameron não está mais lá, aonde será que ele se meteu?? Dou de ombros e subo pro meu quarto. Coloco meu trabalho na escrivaninha e tranco a porta. Pego meu celular e coloco meus fones. Deito na minha cama e durmo escutando Summer Love, de uma banda que eu acompanho desde a minha época de adolescente.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Capítulo 1- ADRENALINE


Jasmine Bienzo Mendes, tenho 19 anos e atualmente moro nos EUA, na Califórnia. Sou estudante de medicina na Universidade Estadual da Califórnia, em San Francisco, estou no terceiro ano. Vou me especializar em oncologia. Falta apenas uma semana para eu completar meus 20 anos, e finalmente poder morar sozinha. Você pode pensar assim: ‘‘Nossa, geralmente meninas de 20 anos estão no auge da vida amorosa, iniciando seus planos a dois que serão para o resto de suas vidas’’ pois é... Esse não é o meu caso. Na verdade quase tudo relacionado ao amor não é o meu caso. As únicas e poucas experiências que eu tive sobre esse assunto foi à no mínimo seis anos atrás, quando eu tive um curto relacionamento traumatizante de adolescente que não me trouxe nada de gratificante; e quando um pouco mais tarde eu me apaixonei pelo meu professor de química, aos 15 anos. Eu sinto vergonha de contar isso, e até hoje à única pessoa que sabe é as minhas únicas amigas e as melhores que alguém pode ter Isabelle e Stephani, quando eu contei, a única reação delas foi deitar na minha cama após rir da minha situação, me mandar esquecê-lo, pois era ilusão. Uma paixão à primeira vista que eu conto sem vergonha alguma, foi quando aos 16 anos fui pra Londres e conheci um rapaz que hoje eu nem lembro mais o rosto, isso pode parecer muito estranho, mas é verdadeiro, eu vi ele em uma padaria, que ficava em frente ao hotel que eu fiquei hospedada com a Ste e a Isa. Depois de alguns beijinhos eu caí na real que eu não podia me apegar, já que ali depois de uma semana eu voltaria pros EUA, então dei um perdido nele e nunca mais tive contato. Eu me lembro que quando ainda morava no Brasil, tinha um menino na minha turma da escola, que se chamava João, se não me engano, e ele era muito quieto, mas era um menino lindo. Eu acho que só esse amor verdadeiro na vida. Enfim, eu não lido bem com esse negócio de ‘amor’. Acordo com o celular despertando, me fazendo lembrar que eu tinha de ir trabalhar. Ah, sexta-feira, como eu te amo. Levantei, e caminhei sonolenta até a minha pequena suíte, fiz minha higiene matinal e tomei um banho relaxante. Lavei meus longos cabelos loiros, e sequei, deixando-os soltos. Vesti uma calça preta pantalona e a camisa do escritório azul céu. Calcei meu scarpin preto, passei uma maquiagem leve e um perfume que ganhara da minha mamãe no começo do ano. Peguei meu blazer, preto com o símbolo do escritório gravado no peito esquerdo e a minha bolsa junto com o celular, ainda bem que na minha sala também tem ar-condicionado, se não, não sei o que seria de mim. Dei uma última olhada no espelho e suspirei, mais uma semana que se inicia trabalho-casa-faculdade-casa-trabalho-casa-faculdade, e por assim vai... Desci e fui sentido à cozinha, Janice já estava colocando o café na mesa, que por sinal o cheiro estava ótimo, pena que eu estou atrasada e só vou poder comer uma maça. Caminhei até a fruteira e peguei uma maça bem vermelha e sem nenhum defeito, até parecia artificial, quando de repente ouço uma voz: 

sábado, 9 de agosto de 2014

Prólogo - ADRENALINE

-Filha, vamos, se despeça do seu pai, temos que ir- minha mãe me chamava enquanto eu estava abraçada ao meu pai. -Já vou mamãe- disse assim que eu terminei o abraço. Ele me colocou no chão e disse: -Meu amor, você ainda é muito jovem pra entender, mas lá na frente você irá me compreender. Lembre-se que eu te amo. Semana que vem nós nos vemos. Eu prometo. - após dizer isso ele me levou até a minha mãe que já estava colocando nossas malas no táxi. Eu entrei no carro já chorando e minha mãe me abraçou, dizendo que semana que vem eu iria vê-lo de novo. Após aquela triste cena de despedida, descemos em frente a uma grande casa branca, com uma grade azul claro, e atrás dela um imenso jardim, com uma grama bem verde, que naquela manhã estava aveludada por conta do sereno. Vieram-me lembranças de quando eu brincava com meus primos e minha avó aparecia na janela da sala nos chamando pra comer bolo de cenoura com cobertura de chocolate, bons tempos... Acontece que tudo de repente sumiu, e o que sobrou ficou cinza. É realmente, isso muito difícil pra uma garotinha entender! Flashback off Hoje faz 10 anos desde aquela manhã, e aquela semana não chegara até hoje. À exatamente dez anos eu não vejo meu pai. Pode se dizer, que no fundo, bem lá no fundo, eu sinto saudades. Você deve estar se perguntando o que exatamente aconteceu. Eu até explicaria, mas acontece que nem eu mesma sei. Já li e ouvi muitas histórias que jovens como eu, que foram ‘abandonadas’ pelo pai ou mãe, viraram rebeldes, prostitutas, ou até mesmo criminosas. Mas eu não sou assim, e nunca vou ser. Ninguém me conhece ao ponto de me julgar sobre esse assunto, na verdade nem eu mesma conheço. Mas eu tenho certeza que o meu caso mesmo delicado, tem uma solução, transformar toda essa confusão de sentimento e dor misturado com decepção e ilusão, em adrenalina. Adrenalina pra viver, tornar ela minha fonte de força pra que a cada dia, eu acorde convicta que o mesmo será bom, e que tudo irá dar certo. CONTINUA...

              Oeeee peoples...bom não sou eu quem escreve essa fic e sim minha amiga Rute Mendes em breve ela vai estar aqui mas enquanto ela não está aqui resolvi postar pelo menos o Prólogo dessa fic perfect pra vcs !
bjuuu